Ser moderno e europeu é então isso: o primeiro-ministro ter os seus “estaleiros” (como, em França, os de Mitterrand), Lisboa ser Capital Cultural Europeia (como este ano é Madrid) e ter a sua Exposição Internacional (como este ano tem Sevilha), e por aí adiante, incluindo talvez um Campeonato da Europa de futebol. Julgávamos que era uma melhoria substancial nas condições de vida, acabar com bairros de lata, pobreza e trabalho infantil, melhor educação, melhor saúde, sectores produtivos mais sólidos e serviços mais eficazes – mas não, em tudo isto continuaremos na cauda, taco a taco com os gregos. (1992)